Assadeira de barro feita por artesãs do Espírito Santo com técnica indígena passada por várias gerações caracterizada pela modelagem manual, queima a céu aberto e impermeabilização com a tintura de tanino
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Entre em contato conosco.Antes de usar a panela pela primeira vez, untar toda a parte interna com óleo. Ferva no forno até o óleo queimar. Lave bem após esfriar. Não colocar no microondas nem lava-louças.
(Imagem ilustrativa) Produto feito a mão. Tamanho pode variar de acordo com a peça. Se quiser receber a foto da peça que será enviada pra você, entre em contato conosco pelo e-mail ou WhatsApp.
Cerâmica
7 x 35 x 26cm (altura x largura x comprimento)
Vitória - ES
Panelas de Goiabeiras
Vitória - ES
Quando se fala nas panelas de barro capixabas, o assunto é tradição, identidade e preciosidade. O artesanato das paneleiras de goiabeiras foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Pelo Ministério da Cultura, foi reconhecido como como Patrimônio Cultural Brasileiro. A produção de panelas com as características típicas da região, foi uma herança das culturas tupi-guarani. Transmitida através dos séculos, por várias gerações de artesãs devotas e dedicadas, cheias de orgulho pelo ofício.
A confecção e modelagem das panelas é totalmente artesanal. A característica mais marcante das panelas é a coloração escura, tão conhecida por todos. Isso é resultado da impregnação do tanino na peça. Para obter essa cor, a casca é retirada do tronco de uma árvore típica da região, por meio de golpes, com um porrete de madeira. As lascas da Rhysophora mangle, ou mangue vermelho, são picadas manualmente e colocadas de molho em água doce. Com a cor retirada da árvore, a pigmentação é feita cuidadosamente pelas artesãs.
Na hora da modelagem, a parede da panela é levantada com o uso de roletes ou escavada em um montante de argila. Para atingir a forma desejada, os movimentos das mãos são determinantes, de forma circular ou vertical. Dessa forma, as paneleiras vão abaulando, arredondando, definindo o formato com o auxílio de ferramentas que mais parecem uma viagem no tempo: pedras lisas, cascas de coco, cuité (pedaço de cabaça) e outros, todos bastante rudimentares. A beleza dessa tradição também está aí: é o mesmo processo utilizado pelos povos indígenas que habitavam Vitória, há mais de 400 anos.