A folha do Tucumã, palmeira abundante no Pará, é o material utilizado pelos artesãos. Dela, extraem a fibra usada para trançar cestos, mandalas, bolsas, colares, vasos, baús com desenhos geométricos em um estilo muito próprio, cheio de personalidade e com cores vibrantes. O processo artesanal é tão forte que, em alguns casos, as fibras podem ser tingidas com pigmentos naturais, por processo de fervura de plantas encontradas na Amazônia.
Hoje em dia, cerca de 50 mulheres de seis diferentes comunidades se dedicam à arte do trançado e fazem parte da cooperativa Turiarte, que foi estruturada com o apoio da organização Saúde & Alegria. A proposta da cooperativa sempre foi de transformar a atividade tradicional do trançado em uma oportunidade de geração de renda para os povos da região.
Assim, saberes ancestrais, comuns das comunidades ribeirinhas, foram tão resgatados quanto valorizados a partir de projetos de capacitação. Com essa atividade fortalecida, as comunidades foram e continuam sendo empoderadas, tornando a participação econômica, política e comunitária desses povos muito mais ativa e engajada, com um forte apoio mútuo entre elas.